segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A leveza sutil de um não (V.A.L.A.)

Um amor se desfaz
numa silaba tônica

Um sonho é desperto
numa monossilábica
plavra solta

Uma vida perde o prumo
numa oxitona
final

...

No soar sinfônico
de um sino bucal
na harmonia desritimada
de um coração afônico
na tempestiva alvorada
de desmedida emoção
nasce assassina nasal
teminada em ão

Num tom
destoante da canção
romântica
que soava ao longe
em barcos a velejar
vinha a música muda
de olhares surdos
em lágrimas cegas
de um não ecoante

...

Sútil melodia
da dançante
lingua aflita
findou um sentimento
perdido
na leveza de ondas
em lazarino vento
derrubando a última
esperança orvalhada
de um timpano triste.

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