Minha melhor canção
está escrita na carne.
É triste, dita depressiva,
o que há de depressivo na solidão?
Estar em solidão
nem sempre é estar
só.
Dentro do silêncio
há tanto pensamento...
Como pensar só?
O processo não é mono
é multi
é poli
são muitos dizeres dialogando
Um debate fervoroso de ideias...
...um perene rio de Dialética.
.
.
.
Não se pensa só.
É pneumática de postulados,
Hidráulica neuronal,
Mecânica fraseada imaginativa cinematográfica.
.
.
.
A canção de amor é triste
Melancolia de uma dor compartilhada
Uma dor conjunta à desgraça da humanidade.
.
.
.
"Não é possível ser feliz sozinho"¹
"Guardo os pulsos para o final"².
¹Christopher Mccandless, in memorian.
²Pitty em "Saída de Emergência".
domingo, 15 de novembro de 2015
terça-feira, 15 de maio de 2012
"Nakba"
Estavam perfilados
corpos ardentes
suando protestos
gritando sua terra tomada
arrancada
expropriada
roubada
marchando sobre um calçamento
de sangue
de ossos
e corpos de seus antepassados
Reclamando suas tradições
hasteando seu Deus
em mastros de Fé
rezando liberdade aos locais sagrados
á sua cultura usurpada
Chorando em desespero
um acampamento imposto
em terras tomadas
arrancadas
expropriadas
roubadas
ocupadas pelos seus vizinhos-algozes
corpos ardentes
suando protestos
gritando sua terra tomada
arrancada
expropriada
roubada
marchando sobre um calçamento
de sangue
de ossos
e corpos de seus antepassados
Reclamando suas tradições
hasteando seu Deus
em mastros de Fé
rezando liberdade aos locais sagrados
á sua cultura usurpada
Chorando em desespero
um acampamento imposto
em terras tomadas
arrancadas
expropriadas
roubadas
ocupadas pelos seus vizinhos-algozes
Na
Esquina
À espreita
Uma corrente
De corpos armados
Os mesmos que os roubaram
Policiavam em segredo
E responderam
Com bombas
E balas
Os
Protestantes
As bombas estouram jogadas por seus vizinhos
As balas rasgam o ar de suas terras
E o ódio religioso-cultural
Se resume em um duelo injusto
como todo contexto
armotricinado pelo seu Tio querido, Sam:
Um policial com fuzil e granada
X
Um protestante com uma pedra na mão.
domingo, 11 de março de 2012
Porta-retrato
Uma porta aberta,
mesmo que em janela
um instante
enquadrado congelado
na estante,
uma porta sempre aberta
mesmo que semi-fechadas
num lapso-memorial
numa estante
instante cíclico
desdobramento de uma estante
cheia de instantes enquadrados
portas congeladas semi-abertas
esperando a mão memorial
abri-la
fazendo ressurgir
tudo e todo o sentir
dessas fotografias neurosentimentais.
mesmo que em janela
um instante
enquadrado congelado
na estante,
uma porta sempre aberta
mesmo que semi-fechadas
num lapso-memorial
numa estante
instante cíclico
desdobramento de uma estante
cheia de instantes enquadrados
portas congeladas semi-abertas
esperando a mão memorial
abri-la
fazendo ressurgir
tudo e todo o sentir
dessas fotografias neurosentimentais.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Antítese de um Tuareg
Calejado de caminhar
Ao redor de tuas paragens
Férteis paisagens
Fustiga-se em esteira macia
Numa silenciosa insolação
De virar-se
Revirar-se
Virar-se
Revirar-se
Virar-se
Revirar-se
Em seu leito de brasa-viva
Numa azia corrosiva
Com cantil repleto de água
A boca é sol a pino no deserto
Sentado a sombra ácida das palmeiras
Camelos saciados
Crianças na aurora ingênua despojados no dique
E cirandando seu brotar em umidade feliz
O Tuareg quase réptil
Des-ca-man-do
Ca-ma-da
Por
ca-ma-da
Da
der-me
À
e-pi-der-me
Des
ca
man
do
Ca
ma
da
Por
Ca
ma
da
Deixa-se revelar
Num choro copioso
De areia
Choro de ampulheta
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