quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Qual a ordem das coisas? Há ordem? Ou melhor há moral? Que moral? Pensando... Há ética?

Quanta sombra fria
na irradiação do sol
na cega luz do dia

Quanto silêncio complacente
numa sinfonia em sibemol
na fila(des)armonica de gente

Quanto olhar espantado
num mar de pestanas cumplices
em maremoto de indiferenças

Quantas bocas em crenças
na fé radical da salvação
masca e fustiga o irmão
numa ansia de ve-lo escarrado

Quanta orelha sadia
capta em escuta minuciosa
tudo que se diz
numa fala astuta e ambiciosa
reproduz ao sabor do dia
o melhor, arrotando o que condiz

Quanta voz abafada
numa tristeza escondida
sorrindo entre-dentes ofendida
na divina resignação
numa torpe aceitação
gritava mesmo enraivada

Quanto calor radiante
na treva sedutora da noite
clareia em lua ofuscante
.
.
.

Nada ou tudo
caminha junto
separados numa descida
comuns em ingrime subida
.
.
.
Nada está em ordem
tudo em desordem
nada na desordem
tudo em ordem

Qual nada
tudo depende da ordem
ou desordem de quem quer
como quer
ou como quer que sejam
.
.
.

Tudo tem moral
nada é amoral
tudo tem parte imoral
nada na moral
tudo amoral
nada tem de imoral

Qual tudo
nada a moral
entre o amoral e o imoral
na instituição do que o é
quem é o que tem
qual que tem?
.
.
.

Tudo tem uma certa ética
nada vive sem ética
numa instituição coorporativista da sua ética
tudo, assim, nada em uma ego-ética
nada, portanto, paira em etica-grupista...

Qual tudo vive num conjunto
onde nada inexiste
na utopica vastidão de um todo harmonico
Há a ética num tudo bem comun
nada, em segundo, o individual interesse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário