segunda-feira, 14 de junho de 2010

O lento assassinato de um espirito romântico

As vozes em ecos
ecos
ecos de socorros
percorrem em ondas
um vale rigido
de paredes flácidas

Pedidos de S.O.S.
escrito em sangue
por todos os lados
sendo um só lado
o de dentro

Marcas de unhas
num esforço homerico
de não desabar nesse despenhadeiro
sem fim
rastros de um passado
preso em não despencar

Ecos de socorro
numa queda enorme
queda livre
mesmo tão preso
no esquecimento do que era
para ser o que quer
que tem que ser

E ele esse espirito livre
que amava os detalhes
mesmo sendo pequeninos entalhes
empurrado por uma mão
mesmo sendo sua
nesse vale
sem fim
de um fim
que nem veio
ainda
estende-se contraido
retraido
nessa queda preso
em livre arbitrio
da dita dura resposabilidade

2 comentários:

  1. espíritos livres são lindos! tem tanto direito de errar o caminho como qualquer outro, e por ser livre se permite pegar outros caminhos ou experimentar muitos até que encontre o seu.
    um espírito romântico livre é o mais lindo.

    beijos. e viva a eternidade!

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  2. Sou sua fã, sabia? Você me faz pensar, e isso é muito bom...rs
    Bjos,
    espero novas postagens (e cada vez mais e mais)!

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