segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sobre pedras, cimento e asfalto

No fim da avenida do centro
A liberdade...
Entre verdades e meias-mentiras
Há liberdades por todas as margens
E paragens desta larga e envidraçada avenida

Germinam flores vitrificadas
Retorcidas em aço enraizadas em concreto
Pré-concebidas por deuses técnicos e acadêmicos
Com suas mãos de perfeitos traçados e curvas

Na Genesis desse paraíso de liberdade
Nunca as distâncias mais supremas
Foram tão suprimidas

A evolução nunca foi tão rápida
(ou seria uma revolução continuada)
Nada para
A liberdade engarrafada no meio da rua
Nada para
A liberdade numa ponta de uma faca
Nada para
A liberdade de pratos cheios e barrigas vazias
Nada para
A liberdade faminta devorando o planeta...

Mas minha liberdade esta aqui gradeada e encadeada
Na porta e janela de minha casa
Da sua casa
Do seu carro blindado
Do seu segurança...

Tenho a leve impressão que somos arvores
Cheias de vida e sendo livres
Mesmo sendo Bonsais.

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